FOTO: Ricardo Amorim. REPRODUÇÃO: Instagram |
Texto do economista e analista político Ricardo Amorim (com adaptações e comentários):
Uma vez eleito, um presidente deveria governar para todos e
criar condições para que medidas importantes para que o país avance pudessem
ser aprovadas no Congresso.
Este presidente deveria unir os brasileiros em prol de um
projeto comum de país, onde todos rememos na mesma direção, e não uns remando a
favor e outros contra, dependendo de quem estiver no governo.
Nós, cidadãos, deveríamos conseguir desenvolver um conceito
de Estado, ao invés de governo e criar um projeto de país, assim como ter
clareza sobre o que é necessário para que esse projeto possa se tornar
realidade.
Mas o que tem acontecido nos dois últimos governos é
exatamente o contrário. Nós vivemos a era do Presidente animador de torcida,
que só fala para seus apoiadores. Isso gera enormes distorções.
A primeira distorção é um conflito permanente entre dois
lados absolutamente opostos, que não representam a maior parte do país. Isso
trava o avanço de reformas importantes e necessárias no Congresso Nacional,
porque o Presidente não dialoga mais com quem não pensa exatamente como ele.
Precisamos reverter essa ultrapolarização paralisante que
impede o Brasil de avançar. Toda a população brasileira paga a conta pela
postura que os últimos presidentes têm tido. Basta.
Mesmo depois de eleitos, Bolsonaro e Lula continuaram com discursos exclusivamente voltados para a sua base mais aguerrida de apoio. Com isso, fomentaram a polarização e dificultaram o avanço de medidas importantes para melhorias das condições do país. Nos dois casos, o que os Governos faziam ou fazem é muito diferente do que os Presidentes falam.
Especificamente no caso de Lula, como seus discursos tratam
de temas econômicos, ao contrário de Bolsonaro, os impactos negativos para a
economia são muito maiores. Está na hora dos Presidentes no Brasil voltarem a
governar e não apenas a animarem torcidas.
COMENTÁRIO:
Temos um presidente enforcado na própria arrogância pela
vitória eleitoral, que mantém o ímpeto de governar “sozinho”, aumentando a
instabilidade política. Do outro lado, vemos um antagonista amargurado que se
recusa a fazer uma oposição digna. Essas controversas e carismáticas figuras
focam unicamente em alimentar a claque fanática. No teatro das tesouras, nós
eleitores, acabamos por ser as marionetes.
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