ESCOLA MARXISTA
Também chamada de marxiana ou de Economia Planificada, teve
como seu principal teórico Karl Marx, bastante difundida em sua obra O Capital.
Sob a teoria do valor-trabalho, o valor direto de uma mercadoria se encontra
somente no tempo de trabalho socialmente necessário nela investido.
Mas as mercadorias também têm um valor de uso (isto é, a
utilidade direta que se obtém delas) e um valor de troca (mais ou menos
equivalente ao seu preço de mercado, apesar de que a economia marxiana a
mediria em tempo de trabalho). Por exemplo, o uso do valor de uso de uma
cenoura está em comê-la e saciar a fome, enquanto seu valor de troca está na
quantidade de ouro (cujo valor verdadeiro também está no trabalho despendido
para a sua extração) pela qual poderia ser vendida.
No entanto, os capitalistas não pagam seus trabalhadores o
valor total das mercadorias que produzem. A diferença entre o valor que um
trabalhador produz e o seu salário são uma forma de trabalho não-remunerado,
conhecido por mais-valia.
Em uma nova roupagem, a crítica ao capitalismo segue com Thomas
Piketty, que em seu livro O Capital no Século XXI, indica que, numa economia em
que a taxa de rendimento sobre o capital é maior que a taxa de crescimento
econômico (r > g), a riqueza herdada cresce com maior velocidade do que a
riqueza produzida.
Nesse sentido é que se torna fundamental repor os debates
sobre a justiça distributiva e as taxações sobre o topo da pirâmide social. Piketty
reafirma o papel do Estado como ator econômico fundamental que pode atuar na
melhora da desconcentração da riqueza e da renda a partir da implementação do
imposto progressivo sobre a renda; no avanço das taxações das grandes fortunas,
heranças e doações; e na criação de um imposto mundial sobre o capital.
ESCOLA CLÁSSICA / AUSTRÍACA
Teve como primeiro e principal baluarte Adam Smith, que em
sua obra A Riqueza das Nações, defendia a ideia de que a iniciativa privada
deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental, em que a competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço
das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de
baratear o custo de produção e vencer os competidores.
Ele analisou a divisão do trabalho como um fator
evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith se
tornou famosa: "Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu
próprio interesse (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover
algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade.” Como
resultado da atuação dessa "mão invisível", o preço das mercadorias
deveria descer e os salários deveriam subir.
Seguindo a linha do liberalismo de Smith, na Áustria, Ludwig
Von Mises, na obra As Seis Lições, navega pelos seguintes tópicos: o capitalismo, o
socialismo, o intervencionismo, a inflação, o investimento externo e a relação
entre política e ideias. Sua teoria afirma que a complexidade das
escolhas humanas subjetivas faz com que seja extremamente difícil (ou
indecidível) a modelação matemática do mercado em evolução e defende uma
abordagem laissez-faire (termo que significa “deixar fazer”) para a economia.
Por fim, a Escola Austríaca defendia que as pessoas demandam
dinheiro por causa da sua utilidade como meio para aquisição de outros bens,
não por algum valor intrínseco desse, e que qualquer expansão de oferta de
crédito causa ciclos econômicos. Os argumentos de Mises foram ampliados por economistas
austríacos posteriores, como Friedrich Hayek.
ESCOLA KEYNESIANA
Difundida por John Maynard Keynes, subdivide-se em Macroeconomia
e Teoria da Formação dos Preços, onde o seu modelo que explicaria como um
aumento de gastos do governo diminuiria os riscos da recessão. No geral, os
preços dos produtos e serviços caem com a crise, mas os salários não,
aumentando o desemprego. A solução, para Keynes, seria em voltar a expandir a
economia por meio de novas despesas do governo, o que possibilitaria a criação
de empregos.
Para isso, é preciso observar como uma economia é medida
através do PIB, que se estiver em equilíbrio a Oferta Agregada (Y) é igual à
Procura Agregada (PA), ou Despesa Agregada, onde:
Y = C + I + G + (X - Q)
Sendo os componentes da Procura Agregada (PA):
C - Consumo da população;
I - Procura de créditos para Investimentos;
G - Gastos do Governo;
X - Exportações;
Q - Importações.
O princípio de uma crise acontece quando a oferta de
produtos e serviços na economia estão mais elevadas que a procura, ou seja,
quando Y é maior que PA na fórmula acima. Quando isso acontece, as empresas
conseguem vender menos e acumulam estoques. Segundo o modelo de Keynes, o
governo deveria aumentar suas despesas, na fórmula em "G", sendo um
agente ativo na economia, enquanto as outras estão em redução.
A partir de então, Keynes tentou explicar o efeito
multiplicador, dizendo que com as despesas adicionais do governo, haveria a
criação de novos empregos e outras empresas com investimento em volta destes
projetos governamentais. Isso geraria, novamente, um aumento da Procura
Agregada. Essa teoria revolucionou o modo de pensar dentro da economia de forma
agregada, com a chamada Macroeconomia. No Brasil, o grande nome para esta prática de forte intervencionismo nacional foi Celso Furtado.
ESCOLA MONETARISTA (DE CHICAGO)
Uma das maiores críticas ao Keynesianismo era sobre o
aumento da dívida pública dos países devido ao financiamento de suas obras,
utilizando dinheiro de impostos. Além da dívida pública, a intervenção do
governo na tentativa de diminuir o desemprego faz com que os preços subam, ou
seja, ocorre um aumento de inflação e a redução do poder de compra dos
trabalhadores.
Então com os “Chicago Boys”, cujo maior expoente é Milton Friedman,
adveio a prática de começar a privatizar suas estatais e a reduzirem o emprego
público, sendo chamada de “Neoliberalismo”. No Brasil, teve como grande referência
o economista Roberto Campos, chamado também de “Bob Fields”, que dizia que o
Brasil só havia duas saídas: o aeroporto ou o Liberalismo Econômico.
A Escola de Chicago defende uma economia de mercado através
de instrumentos como alteração na oferta de moeda e de outros meios de
pagamento. Economistas monetaristas entendem que os objetivos da política
monetária são cumpridos de maneira melhor ao criar metas de aumento da oferta
monetária, e não ao engajar em política monetária discricionária.
A teoria também se baseia na ideia de "Teoria
Quantitativa da Moeda" de Irving Fisher, ao entender que um descompasso
entre oferta nominal de moeda e produto resulta em variação no nível de preços.
Existem várias notações diferentes, mas a formalização da teoria pode ser feita
como na seguinte equação:
MV = ´PY
Onde M é a oferta nominal de moeda, V é a velocidade da moeda
(normalmente tida como rígida no curto prazo), P é o índice de preços (rígido
no curto prazo) e Y é o produto. Ou seja, a quantidade de moeda disponível
multiplicada pelo seu uso em um determinado período é igual ao índice de preços
multiplicado pelo total de bens e serviços produzidos em uma economia no mesmo intervalo.
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